Entenda o exame para identificar se irmãos que tiveram corpos exumados em Maceió foram envenenados
08/05/2024
Polícia investiga se Kyara Kethelen, de 1 ano, e Ícaro Kaique, de 3 anos, foram mortos pela mãe, que está presa. Foram coletados materiais orgânicos e inorgânicos das vítimas para análise de tecidos. Irmãos Kyara Kethelen, de 1 ano, e Ícaro Kaique, 3 anos
Arquivo pessoal
O material genético recolhido dos corpos dos dois irmãos que foram exumados na terça-feira (7) vão ser submetidos a exames específicos para identificar se há vestígios de veneno nos corpos. O Instituto Médico Legal de Maceió informou nesta quarta (8) que foram coletados materiais orgânicos e inorgânicos nos corpos das crianças.
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Kyara Kethelen morreu em 2016, quando tinha 1 ano. Já Ícaro Kaique faleceu em 2021, aos 3 anos. A Polícia Civil investiga se os irmãos foram envenenados pela mãe deles, que está presa desde novembro de 2023. Ela nega que tenha assassinado os filhos.
Segundo o médico legista Yukishigue Nisiyama, responsável pela exumação, as amostras foram encaminhadas para o Laboratório de Toxicologia Forense do Instituto de Criminalística de Maceió para a realização da técnica de análise de tecidos, através da espectrometria de massas.
“Essas amostras serão utilizadas para pesquisa de venenos e materiais tóxicos com a finalidade de buscar indícios que possam colaborar com o inquérito policial”, explicou Eduardo Yukishigue Nisiyama, médico legista responsável pela exumação.
Esse tipo de exame de análise de materiais tóxicos depende do estado de decomposição dos corpos, não só do tecido, mas também das substâncias que eventualmente possam estar contidas nele.
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Segundo Thalmanny Goulart, perito criminal chefe do Laboratório Forense, a toxicologia deve ser rápida para ser efetiva. "Quando ela demora, a efetividade desse exame cai substancialmente e as chances para identificação pelo decorrer do tempo nesse caso diminuem”.
Além da morte dos filhos, a mulher, que continua presa, é investigada também por tentar matar a própria mãe envenenada, em 2023. A vítima sobreviveu, mas encontra-se em estado vegetativo.
Polícia Científica realiza análise de materiais coletados
Ascom Polícia Científica
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